sábado, 30 de julho de 2011

"Há coisas que me encerram, ou que não ouso tocar, porque estão demasiado perto"...

Existem tantas coisas que não posso falar, nem expressar. Tantas coisas que só no olhar tento transmitir, mas sei que não consigo. Coisas que seriam boas pra quem as ouvisse, e ruins também, que me deixariam mais leve ao falar, ao demonstrar, ao dá-las a alguém.
Mas as vezes não existem maneiras de expressar o que se sente, e se existem, são complicadas, vergonhosas, ou humilhantes; sei que estou sendo radical demais, mas acho que realmente é isso, algumas coisas, por mais bonitas e boas que sejam, não devem ser demonstradas...E outras, devem ser cuspidas!
 

domingo, 24 de julho de 2011

"— E você, por que desvia o olhar?

(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarra-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)

— Ah. Porque eu sou tímido." Rita Apoena
Nem eu mesmo as vezes sei o que fiz, nem eu mesmo sei explicar quais são os motivos.
Me perdoe, eu não queria te magoar, não queria te fazer chorar ou mostrar a você o quanto sei me vingar... Eu só queria fazer tudo certo, aliás, eu só queria ficar por cima.
Eu não queria ser colocado pra trás mais uma vez, e o modo que achei de me fazer ver foi assim; mas não me culpe, de uns tempos pra cá, não sou eu mais quem coordena minhas atitudes, e sim alguém que nunca conheci, alguém que ás vezes é muito mal, mas de uma forma inocente (se posso dizer assim). Não pense que não te amo, que não quero teu bem. Eu quero, quero tudo de bom pra você, tudo que pra você se chame felicidade eu desejo que o tenha, e quando olhar pra trás, depois de um tempo, com alguém ou não, só saiba que eu te amei sim, de verdade, mas que igualmente a você, num determinado momento eu não soube mais lidar com esse amor, tudo porque a partir de um momento, eu passei a desacreditar no amor. Mas, sim, eu te amo.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Confusões... Ah, confusões da minha cabeça!
Meus pensamentos nunca foram certos, sempre iam e vinham, mas ultimamente, mais do que nunca, eles tão desordenados.
É engraçado, admito; mas também é uma merda.
É ruim não conseguir conciliar uma coisa com a outra, não conseguir formular respostas pras minhas proprias perguntas. Mas, querendo ou não, esse é o estado normal, em que sempre estive, nem feliz, nem triste. Nem mal, nem pior. Nem bom, nem ruim.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Acho que existem várias maneiras de se dizer que ama-se alguém; com um beijo, um abraço, um olhar, um toque. VÁRIAS.
Engraçado que as vezes, conhecemos alguém, e não temos pretensões nem desejos para com aquela pessoa, ou temos até, mas não é o mais importante, e daí, depois de um tempo, voce para e pensa: poxa! acho que é ele, acho que é agora, e pra sempre!
Interessante o modo como isso acontece, o modo como a vida se encarrega de esfregar na sua a cara aquela pessoa que nunca sairá da tua vida. Isso é bom, muuuuito bom.
Não sei se posso dizer isso mas... Obrigado vida, e obrigado Deus.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A história de um garoto.

  Como eu poderia começar uma história, aliás, uma que se trata de um garoto em especial?
  Bem... Ele não sabia o que queria de sua vida, nem aonde suas ações o levariam... Acho que isso basta pra se começar uma história.
  Era tão bobo em achar que todas pessoas eram boas, que todo amor era verdadeiro e que tudo a sua volta tinha um certo ar de mágico; era tão fechado em seu mundo que acreditava que ninguém olharia pra ele, que as pessoa só veriam o que existia por fora dele. Oh, pequeno garoto que só podia crer nas coisas que sentia, nas sensações que imaginava.
  Mas um dia ele mudou, mudou pra pior diga-se de passagem, mas mudou!
  Ele começou a perceber as mentiras nos olhos das pessoas, e a perceber a malícia em suas palavras... Ficou com medo, admito, ficou sem saber em quem confiar, por quem se deixar levar. Mas ele ficou mais autoconfiante, mais individualista e por consequência mais triste.
  Deixou de ver a estranha mágica contida nas coisas e nos momentos de descanso, deixou de querer ver a beleza do sol e o dia e admirar a noite, poxa, ele simplesmente não via mais motivos pra continuar vivendo. Sentia-se excluído, único e sozinho, isolado das outras pessoas que sabiam lidar com os seus problemas. Ele sentia-se só.
  Garoto, onde estava sua cabeça, quando voce tentou se matar?
  Não o pergunte, ele não sabia!
  Ele apenas sabia que o amor pra ele era um sentimento que nunca poderia sentir em sua real dimensão, que ouviria, que veria, mas que nunca o possuiria. NUNCA!
  De que adiantaria então viver, sem possuir o amor? De que iria adiantar procurar sem nunca encontrar? Sonhar sem nunca acordar?
  Ele sabia disso, sabia que não adiantaria apenas imaginar, sabia que ELE nunca iria chegar.
  Então, num dia triste como todos os outros de sua vida, ele pulou de um precipício, desejando que aquilo fosse sua salvação, sua redenção, e algo mais...
  Desejando que pudesse dali em diante, ser feliz, e que os dias de tormenta virassem dias de felicidade e de alegrias, que talvez, depois dali, nunca existiriam.
  Bem... Esse era o garoto, e isso foi o que ele fez, simples. Assim, assim.
                                                   Filipe
 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Arma-se em um galho de árvore um alçapão, e em breve uma avizinha descuidada batendo as asas caí na escravidão, daí lhes então por esplêndida morada a gaiola dourada daí lhes dão água ovos, tudo, tudo, tudo, e porque é que tendo tudo, a de ficar um passarinho arrepiado, mudo e triste sem cantar?

É crianças, os pássaros não falam, só gorjeando a sua dor exalam sem que os homens possam compreender; Se os pássaros falassem talvez os teus ouvidos escutassem este cativo pássaro dizer.

Não quero o teu alpiste, gosto mais dos alimentos que procuro na mata livre em que voar-me viste; Tenho água fresca no recanto escuro nas servas onde nasci nas matas entres os verdores eu tenho frutos e flores sem precisar de ti.

Estas coisas crianças, os pássaros diriam se soubessem falar e a tua alma sentiriam tanta aflição que com a mão tremendo lhe abriria a porta da PRISÃO.
Linartt Vieira
-- Ás vezes -- disse-lhe Nana certa manhã, bem cedinho... -- gostaria que meu pai tivesse sido homem o bastante para afiar um dos seus cinzéis e tomar a atitude mais honrada. Teria sido melhor para mim -- e olhou para a filha... -- E acho que não só para mim. Você teria sido poupada da dor de saber que é o que é.

Trecho do livro : A cidade do Sol.
pois é, ontem eu conversava com um amigo e ele me disse uma coisa, estavamos falando sobre beber: - Se uma mulher tá beba, o povo vai olhar e dizer "Oh coitadinha, bebeu demais"; Se um cara tá bebo, o povo vai dizer "Eita que resenha, ele tá bebo"; Agora, se um gay bebe, todos vão dizer "Olha que viado safado, depravado, bebendo, fazendo vergonha a todos". Poisé, as pessoas realmente não ligam mais pra outros aspectos das suas atitudes se voce for gay. Você é gay, é gay é gay e gay.. Daí vem as outras qualidades (ironia), como: viado, depravado, safado, só sabe falar de sexo, não quer estudar, quer virar prostituta, bebe, fuma, usa drogas, tem um moooooooooooonte de piercing na cara, anda desmunhecando, quer acabar com a vida dos pais, tem um velho que banca e dá tudo em troca de sexo... enfim, são tantas *-*
É como diz uma música do Capital: "Vão falar que voce não é nada, vão falar que voce não tem casa, vão falar que voce não merece que anda bebendo e está perdido; e não importa o que voce dissesse, voce seria desmintido, vão falar que voce usa drogas e diz coisas sem sentido..." POISÉ. afhuafhuahfuh'

domingo, 3 de julho de 2011

Eu me pergunto muitas vezes onde foi que eu errei; qual parte de mim deveria ser morta. Eu vou fazer 18 anos, 18 anos dos quais desde os 14 eu nunca mais tive paz na minha vida, nunca mais pude chamar um lar de meu, e nunca mais pude olhar pra Deus e dar obrigado por estar feliz. Parte desse sentimento eu devo as pessoas a minha volta, as pessoas que por algum motivo que eu não sei qual acham que me ajudam, sendo que, na verdade me parece que elas só querem ver o circo pegar fogo. Pessoas que nunca olharam pra mim como se deve, e sempre me julgaram de uma forma que eu não sei explicar. Será que ninguem ver que existem outros modos de ajudar alguém? Será que ninguém se preocupa em como vou ficar depois de tudo que acontece, meu Deus, eu nunca fui exemplo de filho nem nada, mas eu também nunca fui uma pessoa ruim, que queria o mal das outras, pelo contrário. Todo mundo fala o que acham que eu faço de errado, mas ninguém nunca me liga, ninguém nunca liga pros meus pais pra parabenizar sobre algo bom que eu fiz.. Porque é assim? porque as coisas ruins tem mais repercussão do que as boas? Ninguém nunca ligou e falou: Parabéns, eu soube que o garoto saiu no sol quente, sem ter almoçado pra ir levar uns gatos abandonados num abrigo; Parabéns, eu sei que o garoto morre de pena de ver alguém na rua, e sempre tenta ajudar as pessoas, sei que o garoto nunca quis prejudicar ninguém e que ele sempre prefere se magoar do que magoar os outros. Não, isso não importa. O que importa é tudo que eu faço de "errado", é tudo que eu faço que não vai de acordo com as leis de tais pessoas, é isso que importa. Bem, que pena.
Cheguei numa fase da minha vida que vejo que a única coisa que fiz até agora foi fugir, fugir de mim mesmo, do meu nada, e agora não tenho mais para onde ir, nem sei o que vou fazer, fui péssimo em tudo.
E minhas próprias coisas eram tão más e tristes, como o dia em que nasci. A única diferença era que agora eu podia beber de vez em quando, apesar de nunca ser o suficiente. A bebida era a única coisa que não deixava o homem ficar se sentindo atordoado e inútil o tempo todo. Tudo mais te pinicando, te ferindo, despedaçando. E nada era interessante, nada. As pessoas eram limitadas e cuidadosas, todas iguais. E eu teria que viver com esses putos pelo resto de minha vida, pensava. Deus, eles todos tinham cus, e órgãos sexuais e suas bocas e seus sovacos. Eles cagavam e tagarelavam e eram tão inertes quanto bosta de cavalo. As garotas pareciam boas à distancia, o sol provocando transparências em seus vestidos, refletido em seus cabelos. Mas chegue perto e escute o que elas tem na cabeça sendo vomitado pelas suas bocas. Você ficava com vontade de cavar um buraco sobre um morro e ficar escondido com uma metralhadora. Certamente eu nunca seria capaz de ser feliz, de me casar, nunca poderia ter filhos. Mas que diabo, eu nem conseguia um emprego de lavador de pratos.

Talvez eu pudesse ser um ladrão de bancos. Alguma porra. Alguma coisa flamejante, com fogo. Você só tinha direito a uma tentativa. Por que ser um limpador de vidraças?
Charles Bukowski
Não sei quanto às outras pessoas, mas quando me abaixo para colocar os sapatos de manhã, penso, Deus Todo-Poderoso, o que mais agora?