quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

É como um barquinho de papel, que nunca poderia encontrar a água pois se desmancharia.
Mas o barquinho vai, porque sonha ir de encontro ao mar...
E ainda que haja ventos, tempestades; ainda que a água faça-o desaparecer, ele sabe, que foi a vida que escolheu, e foi a missão que lhe foi dada. 

domingo, 25 de dezembro de 2011

Porque o ser humano não pode transceder?
Eu creio que posso virar uma estrela, um raio de sol, oxigênio.
Tudo nesse mundo é energia, e a minha energia, eu posso dar a forma que eu quiser.
Posso dar a ela a forma de um pássaro, de uma lua, um céu leitoso, e de todas as formas da natureza.
E um dia, serei completo, serei energia; Serei eu, em outra forma.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Na realidade, o que é julgar? É quase como um vício...
As pessoas tem mania de julgar a tudo; ações, palavras, sentimentos...
Talvez fosse diferente se não houvesse julgamentos, que por fim trazem preconceitos, que por fim trazem opniões erradas...
Não estou me tirando dessa história, eu também julgo, e muito!
Julgo pessoas, ações, enfim, tudo o que possa ser julgado.
Acho que isso é uma característica dos excepcionalmente decepcionantes seres humanos.
Seres como eu, e como qualquer um. Seres que julgam, magoam, e maltratam.
Seres como eu.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Cemitério

Este pó foram damas, cavalheiros,
Rapazes e meninas;
Foi riso, foi espírito e suspiro,
Vestidos, tranças finas.
Este lugar foram jardins que abelhas
E flores alegraram.
Findo o verão, findava o seu destino...
E como estes, passaram.

Beleza e Verdade

Tradução de Manuel Bandeira
Morri pela beleza, mas apenas estava
Acomodada em meu túmulo,
Alguém que morrera pela verdade,
Era depositado no carneiro próximo.
Perguntou-me baixinho o que me matara.
– A beleza, respondi.
– A mim, a verdade, – é a mesma coisa,
Somos irmãos.
E assim, como parentes que uma noite se encontram,
Conversamos de jazigo a jazigo
Até que o musgo alcançou os nossos lábios
E cobriu os nossos nomes.