sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Eu sei que veria uma fazenda... Flores de todas as cores e arvores grandes, pra quando eu cansasse de correr e andar no meio do campo eu parasse e me deitasse; deitasse ao lado de um amigo, uma criança, um cachorro, e sentisse o vento...
Depois chegaria a uma casa, a mais simples, a mais aberta e com janelas grandes, e lá veria uma menininha e um menino, pequenos, inocentes, rindo e me abraçando, me chamando de pai. Olharia ao lado, perto da mesa e veria um homem, o mais sincero que pudesse achar, e ele viria até mim e me daria um beijo.
Da natureza viria uma música do vento, o batuqe da água caindo do céu, o cantar dos galos e pássaros. 
Minha vida seria simples... As pessoas seriam simples, e os amores mais sinceros.
Quando anoitecesse veria as estrelas, constelações, veria o céu. Me daria conta do quão lindo é o céu, e o quão desprezado é. 
E se um dia eu não voltasse, seria assim que eu iria querer.
Será que existe uma diferenciação? Pessoas boas e más, sinceras e mentirosas...
Existem lados opostos? Coisas? Sensações?
Eu fico me perguntando o tempo todo como posso me definir, tenho os opostos dentro de mim, duas almas vivendo no meu corpo. Dois motivos, dois pensamentos.
Um amigo, um inimigo, e... eu.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

É como se eu pensasse em probabilidades, ou sei lá.
Como se eu achasse que tenho zilhões de alternativas pra chegar até alguém, pra sentir.
Não posso sentir assim, assim abertamente, desesperadamente.
Sentir é calmo, é paz.
Não tenho paz, não tenho calma, paciência muito menos; como poderei sentir agora? De que forma? Preciso de um outro modo de sentir, um outro momento e uma outra pele...
Preciso de um outro coração.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Vê alguém morto, pra mim, é algo tão triste...
Pior ainda quando é assassinado, ou coisa assim.
Meu Deus, que triste, ter tudo o que desejava interrompido por alguém, assim.
Que triste olhar nos olhos de alguem morto, e vê que não é somente um corpo morto, e sim sonhos mortos, ações mortas, amores mortos. Nunca mais essa pessoa irá amar, nunca mais irá sentir coisas tão boas ao ser humano, nunca mais vai poder ser solidária, ou acordar de manhã chateado porque precisa ir trabalhar. Nunca mais irá olhar nos olhos de alguém e dizer um eu te amo, dizer que deseja com todas suas forças viver esse amor, dizer que é tudo o que queria em sua vida.
Será pedir tanto? Pedir pra viver? Pra tomar o que é seu por direito?
Eu não quero morrer, por mais que eu não me sinta feliz. Tem tantas pequenas coisas que me alegram, ver um amigo distante, saber que alguem pensa em mim, comer lasanha e tomar muita coca-cola até dar mil estrias, rs. Olhar pro meu ratinho e ver o quanto é inocente e o quanto eu o amo. Ler um livro bom, ir a escolha e rir, gostar de alguém, jogar um jogo que me deixe viciado, fazer sexo.. Beber, nossa. Isso é vida, são as pequenas coisas, é a idéia de que somos passageiros, eu sou, voce também. Se voce se preocupa hoje, com a marca da sua roupa, com a pessoa que voce ficou, com seu cabelo... Porra, acorda!
Olha onde estamos, nada disso vai valer. Você pode ser o mais bonito, o mais feio, o gordo, o que for, e no final, vai morrer. E no final, vai ficar só os seus ossos. Sei que se lerem, vão discordar, mas, ver os ossos dentro do caixão é a coisa mais diferente que alguém pode sentir.
Ossos, o que sobra são ossos. Ossos de alguém que viveu e sonhou pra caralho nessa vida, que fez bondade, maldade, como qualquer um. Que transou com o amor da sua vida, que bebeu muito um dia e se divertiu, que ouviu uma música qualquer num dia triste, que adorou comer o almoço que sua mãe fez, que cuidou dela quando ficou doente. E o que sobra são apenas ossos.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Porque temer? Porque não se aceitar? Com seus defeitos, qualidades, fraquezas...
Acho que é isso que tenho que aprender, a a-c-e-i-t-a-r.
Se eu for gordo ou magro, muito gordo, ou talvez, muito magro. Se eu for muito gay, ou maxinho, ou se quiser me tornar mulher.
Se eu for piedoso demais, ou fechado, e individualista.
É isso que falta no mundo de hoje, é isso que falta até mesmo em mim, me aceitar, e aceitar aos outros.
Aceitar o que eu sou, o que me tornei, o que irei ser e pensar.
"E se me achar esquisito me respeite, eu mesmo tive que aprender a me respeitar"

terça-feira, 8 de novembro de 2011

É tão bom achar que se pode mudar tudo.
Agente não pode. Não podemos mudar nada.
Mudar é uma palavra que raramente implica em coisas boas, em coisas que nos beneficiam.
Mudar é triste, é ruim.
É abrir mão de tudo ao que já me acostumei e conhecer ou REconhecer as coisas novas, abrí-las, tocá-las.
Cansativo. Empolgante, e decepcionante.