terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Aqueles dias ruins pareciam amontoar-se em sua borra de café, olhava-a com um certo 'quê' de cafeomancia, um desejo de descobrir seu futuro por qualquer meio que lhe fizesse sentir alguma segurança.
Não importava se não iria ser feliz, disso já sabia;
Tão pouco questionava se iria conseguir fazer realizar-se seus sonhos bobos;
Apenas achava que era uma lástima não saber quão terrível seu futuro seria, não poder se preparar.
Por não saber, por não conseguir ler entre as entrelinhas estreitas, só restou a ele esperar...
Então acorda-se todos os dias prometendo a si mesmo que profecias e destinos não existem, que ele seria como uma pequena folha caindo de uma árvore, solta ao vento:
não é certo onde irá cair, porém também é impossível que escolha.

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